Não é pretendido com este tópico descrever em pormenor a criação de raínhas, é apenas descrever alguns dos passos mais importantes que tive oportunidade de praticar no curso.
Como devem saber a genética das raínhas “Apilegre” provém de colónias seleccionadas, tendo visto nesta semana as raínhas maiores, mais vistosas e bonitas que alguma vez vi!
Estufa onde são colocados os alvéolos reais alguns dias antes de nascerem as raínhas (a 35ºC), com um recipiente com água de forma a criar húmidade e permitir no dia do nascimento às raínhas roer o alvéolo e sair.
Os protectores são para que a primeira raínha a nascer não destrua e mate as restantes.
Na foto o João Neto e a Dulce Alves, aos quais devo a sabedoria que me transmitiram e paciência nas infindáveis questões que colocava a toda a hora!
Neste dia estivemos a colocar uma gotinha de mel no fundo do protector para que quando as raínhas nasçam terem algo de comer…
Após nascerem retira-se o alvéolo do protector para dar mais espaço à raínha, sendo estas colocadas na estufa ao lado a uma temperatura inferior (cerca de 32/33ºC).
Daqui vão directas para os mini núcleos de fecundação.
Visualização da viabilidade dos alvéolos com luz fria.
Uma raínha em pleno nascimento, após uma cesariana!
Dia em que se fez a recolha dos alvéolos do picking da semana passada, sendo o mesmo dia que se faz de novo o picking e se ordena a criadeira com quadros de criação nova e alimento.
Uma das criadeiras horizontais, contudo as verticais têm o mesmo efeito, a diferença é que esta tem dez quadros no lado da raínha, a excluidora e 5 quadros do lado onde são inicados os alvéolos. A vertical não é mais do que o ninho de uma colmeia, a excluidora e outro ninho (o que acontece é equivalente ao método de Demaree para controlo da enxameação, com as devidas diferenças) em que quando puchamos a criação para cima de forma a dar espaço à raínha estas formam de novo alvéolos (neste caso das cúpulas por nós colocadas).
Ao serem colocadas as cúpulas com larvas do dia as abelhas vão fazer alvéolos de substituição (são os melhores, pois são os que são feitos de forma a substituir uma raínha velha, pois sentem pouco a feromona da raínha) e não os de urgência (quando perdem a raínha).
Colocando o alimento após colocação dos quadros com as cúpulas depois de ter sido feito o picking.
À procura da raínha na fase de recolha de abelhas para povoamento dos mini núcleos de fecundação.
Após se encontrar a raínha é só sacudir os quadros após pulverização das abelhas com água. É extremamente importante que as abelhas sejam noviças.
Sacudindo as abelhas…
Tudo a postos para povoar os mini núcleos… abelhas de um lado e raínhas do outro!
Cá estão as princesas, prontas a serem inseridas nos mini núcleos…
Altura em que se coloca o candi na extremidade do protector, antes da colocação das abelhas que vão formar o mini núcleo.
Tudo a postos para a colocação das abelhas…
Aspecto do mini núcleo com a raínha já inserida no protector (a fazer de gaiola de introdução). Nesta altura é importante já ter sido colocado alimento sólido e uma bola de polém amassado com um pouco de mel, no compartimento alimentador.
Pulverizando as abelhas para ser mais fácil a sua recolha e introdução nos mini núcleos.
Após pulverizar as abelhas é só com a medida apropriada (com um copo), introduzi-las junto da raínha, fecha-se o mini núcleo e está pronto!
Os núcleos passam uma noite fechados num sitio escuro e fresco, sendo só colocados no local definitivo e abertos no dia seguinte à tardinha…
Os mini núcleos já no seu local definitivo, agora é só rezar para que a raínha seja aceite ou melhor que não lhe aconteça nada durante o voo núpcial!
Após as raínhas estarem fecundadas e já com criação estão prontas a ser marcadas e introduzidas numa colónia ou núcleo.
Tive de treinar um pouco a agarrar zangões e abelhas antes de agarrar uma raínha de forma a marcá-la… a tremer um pouco com medo de esmagar a raínha mas lá correu bem!
Após marcação com tinta é só esperar uns segundos para a tinta secar e colocar na gaiola.
Colocação na gaiola de introdução…
Colocação de 6 a 8 abelhas jovens para acompanharem a raínha…
Esta é uma adaptação que fiz de alguns ninhos, dividindo-os em quatro de forma a caberem lá 2 quadros por divisão, cada uma delas com a saída para lados opostos. O ninho em causa é de uma colmeia reversível.
Desta forma não necessitei de comprar mini núcleos de fecundação… poupando alguns euros!
O topo é coberto com plástico, permitindo abrir um núcleo de cada vez, lenvando ainda por cima a prancheta e o telhado.
A medida de abelhas que considerei suficiente foi de um quadro e meio de abelhas por divisória.
Um dos quadros colocados é deste tipo (alimentador), tendo o fundo com cera para elas moldarem. O outro quadro é um normal com cera moldada (de preferência) ou por moldar.
Não é uma ideia nova, contudo a mim tem-se revelado interessante, estando ainda a aprender com ela… mas noutro tópico com novas fotos irei aprofundar um pouco mais, pois julgo ser uma matéria que gostaria de aprender um pouco mais, especialmente com a troca de experiências…
Espero ter contribuido de alguma forma com algo de interessante!
ao fazer o piking coloca geleia real ou é só a larva
Caro colega,
Ao fazer o piking coloco apenas a larva, pois a geleia real não é algo que seja facil de se ter em stock (pelo menos para mim).
Molho apenas a ponta da pena antes de fazer o picking e coloco uma gotinha da água que fica agarrada à pena no fundo do copo, pois facilita bastante a colocação da larva.
Abraço
ola boa noite.
eu chamo me António Domingos,sou de santa maria da feira e tambem sou apicultor,e gostei muito do que vi e do que faz.mas gostava de obter mais informaçoes sobre os alveolos reais.seria possivel me dizer como posso obter o seu contacto…
comprimentos
Caro António Domingos, pode contactar-me via email: joaomntome@gmail.com ou pelo 964490068. Se puder ajudá-lo disponha qd quizer. cumprimentos,